O employer branding, ou marca empregadora, tem se tornado uma estratégia essencial para empresas que desejam atrair e reter os melhores talentos.
Porém, apesar da teoria ser fácil de entender, a prática é mais complicada e trabalhosa, precisando muitas vezes de ajuda, tutoriais e exemplos de employer branding para aplicar essa estratégia no dia-a-dia.
Foi pensando nisso que separamos exemplos de employer branding reais, o passo-a-passo de como construí-los na sua empresa segundo o SEBRAE e outras dicas para você aplicar esta metodologia no seu departamento.
Acompanhe nosso artigo e boa sorte!
O que é employer branding?
Como vimos no artigo “Employer branding: O que é, importância e vantagens dessa estratégia”, employer branding é o conjunto de táticas utilizadas para melhorar a imagem da empresa perante o mercado e, por meio desta reputação positiva, atrair mais e melhores candidatos para as vagas divulgadas.
Quais os 10 passos para aplicar o employer branding na minha empresa?
O SEBRAE, utilizando as escritoras Bruna Mascarenhas e Viviane Mansi como embasamento, levantou 10 passos para aplicar esta metodologia dentro da empresa.
Obviamente cada empresa enfrentará desafios próprios durante a criação deste processo, muitas vezes precisando até mesmo acrescentar etapas neste tutorial. Contudo, esses passos servem de exemplos para criar o employer branding na sua empresa. Veja os 10 passos abaixo:
1 – Defina o objetivo:
Antes de seguir qualquer exemplo de employer branding é preciso entender qual é o objetivo da sua empresa.
Onde a empresa quer chegar, quais são as metas para 1, 5 ou 10 anos, quais conquistas são importantes… Tudo isso vai afetar quem você irá querer contratar e como se portar para fazer isso. Se, por exemplo, o objetivo é apenas estruturar departamentos, perfis mais experientes vão cobrar mais, mas trarão agilidade na construção de processos. Porém, se o intuito é crescer, talvez perfis mais juniores ajudem a ter a agilidade necessária enquanto aprendem com as rotinas do setor.
2 – Analise o ambiente atual:
Agora que temos em mente quem queremos atingir e como fazer para atraí-los, é preciso também avaliar a atual situação da sua empresa.
Exemplos de employer branding podem até te inspirar, mas é preciso entender como a sua empresa está funcionando atualmente e o que é necessário fazer para chegar no contexto ideal para atrair os candidatos que você pretende ter na sua empresa.
Às vezes, para atrair perfis mais criativos, você precisará alterar benefícios e até mesmo formas de fazer o controle de ponto (optando por banco de horas com jornadas semiflexíveis ao invés de horários rígidos), por exemplo.
Por isso, a dica aqui é fazer uma pesquisa interna para entender a percepção dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho (remuneração, benefícios, clima, desenvolvimento, etc.). Além disso, escutar o feedback dos funcionários no dia-a-dia também ajuda a entender o que está sendo ruim e o que deve continuar.
3 – Estabeleça a cultura desejada:
Employer branding tem muita correlação com cultura. Afinal de contas, o employer branding tem como tática a divulgação da cultura interna para atrair candidatos que acreditam combinar com esta cultura.
Por isso, é importante refletir sobre a cultura organizacional e entender como estruturá-la, corrigi-la ou mantê-la. Sendo assim, defina seu posicionamento estratégico, missão, visão e valores, além de quais ações de cultura serão feitas ao longo do ano. Após isso, comunique a sua cultura e as ações nas redes sociais, sites, internamente, através de relações públicas ou em eventos.
Isso tudo vai influenciar e atrair possíveis candidatos alinhados com esta cultura a seguirem e engajarem com sua marca até a oportunidade de uma vaga aparecer.
4 – Determine o perfil ideal:
Trace o perfil desejado pela sua empresa, tanto em relação à cultura quanto em relação à habilidades técnicas e interpessoais que são indispensáveis na sua organização.
Ao fazer isso, talvez você note que deseja perfis mais inovadores e comunicativos. Quem sabe perceba que precisa fortalecer ESG e tem que trabalhar a contratação de talentos diversos, como mulheres, população LGBTI+, negros, PCDs ou +60. Ou então quem sabe pode notar que capacidade de organização, solução de problemas e conhecimento generalista/multidisciplinar são imprescindíveis para o bom funcionamento da sua empresa.
Seja qual for o seu candidato ideal, ter o perfil dele em mente vai te ajudar a se comunicar corretamente, atrair os perfis corretos através das comunicações e a selecionar os mais indicados para os cargos divulgados.
5 – Crie atrativos para o público-alvo:
Mostre para o perfil ideal de candidato que sua empresa está alinhada com o que ele deseja.
Usando como exemplo os perfis citados acima, mostre para os inovadores e comunicativos que vocês participam de eventos de tecnologia, estão sempre em palestras e com um network movimentado. Para talentos diversos, participar de campanhas de conscientização ou abrir vagas voltadas a talentos diversos são ótimas opções. Por fim, para candidatos com perfis organizados, solucionadores e multidisciplinares, mostre cases de funcionários que trocaram de área, divulgue resultados de projetos de job rotation e publique coisas como reuniões de road-map e planejamento.
Tudo isso é um atrativo para os públicos-alvo corretos e um “repelente” para aqueles que não estão de acordo com o que a empresa tem a oferecer.
6 – Desenvolva um EVP:
Agora que você tem o objetivo, a cultura, o perfil ideal em mente e a lista de atrativos, é hora de criar um employee value proposition – ou melhor dizendo, uma proposta de valor ao empregado.
A palavra “valor” neste caso não significa necessariamente valor monetário, mas sim itens que são valorizados pelo colaborador. Ou seja, o objetivo da proposta de valor é montar um pacote com coisas interessantes ao colaborador. Nesse pacote devem ser consideradas 5 coisas:
- Benefícios, como cartões de benefícios flexíveis, day off/folgas, treinamentos, flexibilidade, etc.
- Carreira, como oportunidade de desenvolvimento, estabilidade, plano de carreira, avaliação e feedback, etc.
- Ambiente de trabalho, como autonomia, reconhecimento, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, etc.
- Cultura, como em valores internos, transparência das metas empresariais, relação com líderes e colegas, etc
- e, claro, Compensação, como salário, premiações e sistema de compensação, promoções, justiça, etc
Isso tudo compõe uma proposta que atrai candidatos e os retém, uma vez que, caso queira mudar de empresa, o candidato precisará encontrar outra empresa com um EVP igual ou melhor do que o da sua empresa.
O EVP ajuda a selecionar seu público-alvo, uma vez que públicos diferentes precisarão de EVPs diferentes. Uma empresa com talentos mais jovens talvez privilegie banco de horas, horários flexíveis e benefícios diferenciados, por exemplo. Já uma empresa com mais mulheres pede por atenção ao cumprimento de licença e auxílio maternidade, auxílio-creche e banheiros com absorventes. Por fim, níveis mais sêniores pedem por estrutura, plano de cargos e salários ou feedbacks.
7 – Utilize as redes sociais
Neste aspecto, as redes sociais são as maiores aliadas de quem quer ser um exemplo de employer branding para outras empresas. Seja no LinkedIn, Tiktok, Instagram ou outra rede social que faça sentido com seu público-alvo, divulgar sua cultura, EVP, eventos internos e outras ações ajuda na promoção da sua marca empregadora.
Uma dica extra também é incentivar o engajamento dos seus funcionários. Fazer comemorações de tempo de casa, divulgar conquistas individuais, gravar depoimentos ou publicar qualquer coisa que sirva para fazer com que seus próprios funcionários queiram republicar é uma ótima maneira de atingir candidatos.
8 – Invista na comunicação interna:
Porém, não é apenas a comunicação externa que tem que ser trabalhada. Afinal de contas, muito pode ser aprendido escutando as sugestões, críticas e ideias dos próprios colaboradores que você já contratou.
Promova feedbacks, valorize quem performou bem, comunique novidades, ações, notícias ou normas, seja transparente e promova o alinhamento estratégico constantemente. Isso também ajudará a sua comunicação interna a se fortalecer, o que consequentemente afetará sua cultura e, por sua vez, seu employer branding.
9 – Incentive o relacionamento:
Não é apenas de metas, entregas, reuniões com a própria equipe e obrigações que a rotina de um colaborador deve ser construída. Muitas vezes, o contato com outros colaboradores ajuda na sensação de união e, logo, afeta positivamente as demandas internas.
Por isso, promova a interação entre os colaboradores por meio de eventos, atividades e ambientes de descontração. Essa troca ajudará na cultura, que se fortalece, e na produção de materiais para redes sociais para você utilizar posteriormente.
10 – Realize benchmarking:
Por fim, o que você está fazendo agora é sim uma das dicas do SEBRAE para a construção de uma marca empregadora mais forte.
A pesquisa de exemplos de employer branding ajuda na criação de práticas desta metodologia. Por isso, seja trocando experiências na rede social, em eventos, falando com colegas ou até mesmo em artigos como este, exemplos de employer branding vão te inspirar a melhorar as suas táticas de atração na sua empresa.
Agora, vamos aos exemplos de employer branding que fazem a diferença.
Exemplo de Employer Branding 1: Google e sua “Googleicidade”
O Google é um dos exemplos de employer branding mais icônicos. É claro que é fácil desejar trabalhar em uma das maiores empresas de tecnologias do mundo, mas o buscador não se apoia apenas nisso.
A empresa investe em um ambiente de trabalho dinâmico, inovador e flexível, proporcionando espaços de lazer, alimentação gratuita e programas de desenvolvimento profissional. Além disso, incentiva a criatividade e valoriza a diversidade, fatores que a tornam um dos melhores lugares para se trabalhar.
Por fim, outro aspecto interessante são os pilares para ser contratado pela Google. Segundo Elodie Lhuiller, ex HR Business Partner do HQ suiço do Google, existem 4 skills principais que um futuro “Googler” precisa ter:
- Inteligência: capacidade de aprender, se adaptar e resolver problemas;
- Conhecimento necessário para a área dele, mas não habilidades isoladas;
- Liderança, para poder mobilizar pessoas, estar pronto para encabeçar projetos quando a situação necessitar;
- e a “Googleicidade”, que é um misto de conforto no ambiente de trabalho para ser quem se é, mas capacidade de lidar com ambiguidades e colaborar com outros.
Exemplo de Employer Branding 2: Heineken e o senso de união
Este exemplo de employer branding é para incentivar times de RH que precisam entender o atual momento e mudar a cultura interna antes pensar em atrair novos candidatos.
Quando a Heineken, uma das mais famosas, pioneiras e tradicionais do mundo, decidiu comprar a Brasil Kirin, um desafio de cultura estava prestes a surgir. Lá em 2017, o time de RH teve que entender valores antigos da Brasil Kirin e descobrir como alinhá-los com as da Heineken.
Isso conseguiu ser superado graças a valorização dos colaboradores, campanhas de comunicação educativa, treinamentos e foco em usar líderes como exemplos para que os funcionários pudessem se readequar.
Após essa reestruturação, a marca criou o “Go Places”, campanha que fortalecia o senso de união, comunidade “Heineken” e orgulho dos funcionários. Raquel Zagui, vice-presidente de RH, inclusive soltou a seguinte frase: “Se os colaboradores estão integrados à cultura da empresa, então temos um pilar de sustentação para externalizar como marca corporativa”.
Exemplo de Employer Branding 3: Grupo O Boticário e a beleza do detalhamento
Com depoimentos, vídeos, informações e passo-a-passos, este exemplo de employer branding dá uma aula de como montar uma página atrativa.
Sua página de carreira e de estágios valoriza os empregados, mostra cases, divulga os valores da marca e até questões como remuneração e benefícios. Essa transparência ajuda principalmente futuros estagiários a se sentirem seguros e quererem participar dos processos seletivos.
Exemplo de Employer Branding 4: Starbucks café e educação
Uma das maiores – quiçá a maior – rede de cafeteria ao redor do mundo sofria com alta rotatividade. Essa rotatividade é, de certa forma, esperada por empresas que seus principais funcionários lidam diretamente com o público. Foi aí que a Starbucks transformou o desafio em um exemplo de employer branding.
Um dos pilares da Starbucks é seu linguajar único. É conhecido, por exemplo, que sua nomenclatura para os tamanhos de cafés fogem dos famosos “pequeno”, “médio” e “grande”. E isso foi um aspecto que foi considerado na hora de estruturar uma estratégia de employer branding. Seus trabalhadores deixaram de ser funcionários e passaram a ser tratados como parceiros.
Além disso, por entender que seu público-alvo eram jovens universitários ou com primeiro emprego, a empresa passou a oferecer bolsa de 100% a qualquer um que queira cursar uma graduação EAD na Universidade do Estado do Arizona. Inclusive, curso não precisa ter correlação com a Starbucks.
Isso sim é investir no EVP para que o colaborador sinta interesse em entrar e permanecer na empresa.
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Conclusão
O employer branding atua na atração de talentos, mas, como vimos nos exemplos acima e no passo-a-passo do SEBRAE, também é preciso estruturar táticas internas para criar um ambiente onde os colaboradores sintam orgulho e motivação, para divulgar esses esforços para o público e para criar um EVP interessante.
Seguindo os 10 passos e aprendendo com os exemplos de employer branding de empresas como Google e Heineken, fica claro que, apesar de ser um grande esforço, os resultados compensam esta dedicação.